Paris - do aeroporto ao centro

Passados os momentos de suspense inicial, todos nos encontramos logo depois ao lado das esteiras de bagagem. As mochilas ainda não haviam nem chegado quando estávamos todos juntos.

Logo depois, porém, vieram, e pudemos sair para a parte pública do aeroporto.

Tratamos de pensar como iríamos até o centro da cidade, mais precisamente para o nosso albergue.

Num primeiro momento, concordamos em pegar um ônibus que saía bem da frente do terminal por onde chegamos. Chegamos até a colocar nossas mochilas no bagageiro, mas quando o motorista falou o preço (uns 6 euros) e o lugar onde ele nos deixaria (na estação Châtelet), desistimos da viagem e nos dirigimos à estação de trem metropolitano anexa ao aeroporto.

Como na maioria das grandes cidades da Europa, o sistema público de transporte de Paris é todo interligado e permite trocas com um só ticket.

Entramos numa fila relativamente longa para conseguir comprar um ticket Paris Visite, por uns 45 euros, valendo por 5 dias, cobrindo as zonas necessárias para até mesmo visitar Versailles sem pagar mais nada por isso.

Atualmente, segundo o site oficial, as tarifas de adultos estão em 47 euros para 5 dias (zonas 1-6), 38,50 para 3 dias, 27,50 para 2 dias e 18 euros para 1 dia. Para 5 dias, acho que realmente vale muito a pena, pois usamos muito o metrô.

Se for pegar um Paris Visite só das zonas 1-3, que saem mais barato (23, 19, 13 e 9 euros, respectivamente para 5, 3, 2 e 1 dia), você terá que pagar por fora as passagens sempre que quiser ir ou voltar do aeroporto ou de Versailles, o que já demonstra a economia da nossa opção.

Além do metrô em si, identificado pela letra "M", o Paris Visite dá entrada nos RER (que são os trens metropolitanos que ligam o centro às cidades ao redor de Paris, inclusive Roissy, do aeroporto, Versailles e a Eurodisney, nos ônibus municipais, dos bondes (são poucos), do funicular de Montmartre e nos ônibus noturnos (Noctilien).

Já de posse do cartãozinho, nos pusemos em direção ao centro, no RER B. Por azar, pegamos um pinga-pinga, que foi parando em todas as estações suburbanas até a Gare du Nord (existem alguns expressos que só param nas mais importantes).

O sistema de metrô francês é daqueles mais simples, como o de Buenos Aires e de Madrid, com catracas e bilhetes que valem para qualquer viagem, em qualquer sentido, por quanto tempo a pessoa ficar dentro do sistema. Saiu para o lado de fora, tem que pagar de novo para entrar (exceto se você tem um cartão como o Paris Visite ou outra bonificação).

O mapa de metrô à primeira vista assusta, mas depois se torna fácil, de tanto que se usa:
O trajeto do aeroporto não é nada bonito, para quem imagina Paris como um lugar perfeitinho. Fiquei só rindo da cada dos guris que nunca tinham estado na Europa, com o espanto deles com o fato de haver várias pichações nas construções ao redor da linha, gente tocando violino ou sanfona para pedir dinheiro dentro do trem e muitas pessoas com cara de pobres coitados entrando e saindo a toda hora.

Passamos por Saint Denis e outros vários pontos do norte de Paris - exatamente aqueles em que se queimavam carros todas as noites nos tempos da rebelião dos banlieues. Deu até para ver o estádio da final da Copa de 98 por um momento, mas ninguém sentiu vontade (ou segurança) para sair pro lado de fora.

A viagem toda demorou uns 45 minutos, tendo como término a Gare de Lyon, estação e parada de metrô mais próxima do nosso albergue.

Comentários

Jessica Mela disse…
Adorei suas dicas... Estao me ajudando mto! Parabens pelo blog

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